Por Fabrício Possebon
A emoção do medo pertence aos conjunto das emoções básicas, desenvolvidas pelas espécies animais, como mecanismos que participam ativamente da vida, em sua defesa e manutenção. Neste entendimento, portanto, a emoção do medo é benéfica, pois impede que determinado indivíduo se coloque em risco de vida, protegendo-o. É assim natural que tenhamos medo, por exemplo, de serpentes. Supomos que, ao longo da história da humanidade, durante alguns milhões de anos, uma quantidade enorme de pessoas foi picada por serpentes, ao caminhar pelas matas, tendo, em decorrência disto, uma morte agonizante. Estas experiências, de algum modo, incorporaram-se ao patrimônio da humanidade, de forma que a partir de algum ponto nascemos já com o medo das serpentes. O medo nos mantém longe delas, em nossa segurança. Não se dá o mesmo diante de uma galinha, que nunca deve ter oferecido um perigo real ao ser humano. Se alguém teme uma galinha, este já é o caso de um medo oriundo de um contexto social, algo deve ter ocorrido em sua história de vida, talvez na infância tenha tido um encontro desagradável com esta ave, em um sítio, talvez tenha então se sentido desamparado por seus genitores, enfim um episódio traumático ocorreu. De todo modo, o medo que este hipotético indivíduo sente pela galinha é tão real e verdadeiro quanto o que qualquer um de nós sente pela serpente. Pode, então, alguém conviver com este medo, a vida toda, sem grandes problemas, uma vez vivendo em contexto urbano, não se deparará com a dita ave, salvo algum raríssimo episódio.
Por outro lado, há todo um conjunto de medos do qual não facilmente evitamos as situações de encontro, se possuímos estes medos em grau preocupante e limitador. Recordamos, por exemplo, o medo de sair de casa à noite, o quanto perdemos em nossa existência por não desfrutar do que a noite oferece, em termos de laser, estudo, convívio social? O quanto perdemos em termos de relacionamento pessoal, amoroso, profissional, se temos medo de rejeição e não nos arriscamos a nos aproximar do outro? Se tememos viajar e ir a lugares desconhecidos, o quanto deixamos de aproveitar as coisas boas do mundo?
É destes últimos sobretudo que nos preocupamos, quando falamos de enfrentamento dos medos.
O Projeto Minotauro, desenvolvido pelo Prof. Rolando Toro, nos anos 70, portanto com mais de quarenta anos de experiência, propõe o enfrentamento dos medos por meio de desafios, que são cerimônias feitas em grupo, normalmente com o desafiante no centro da roda. Antecipadamente são estudados os medos prioritários a serem enfrentados por cada participante e é organizada uma sessão. A solução proposta no Projeto Minotauro é vivencial, trata-se de exercícios emocionados, corporais, viscerais, não há expressão reflexiva, por meio de discursos, nem interesse em busca das causas e eventuais “culpados”. No Projeto, tudo é prática, normalmente potencializada com músicas devidamente selecionadas.
Se tiver interesse em enfrentar seus medos, faça contato conosco que organizaremos uma sessão de Minotauro para você!