Por Elisa Gonsalves Possebon e Fabrício Possebon

Das muitas práticas utilizadas no processo de Educação Emocional, a meditação tem um lugar especial. Se inicialmente ela foi criada para ajudar na superação do sofrimento, na atualidade ela se coloca como uma poderosa ferramenta de crescimento pessoal, de saúde e de promoção do bem-estar.

Meditar é um exercício da mente, permitindo o autoconhecimento, conhecer seus pontos fortes e fracos, para poder fazer uma intervenção eficiente. É um processo de contemplação.

É comum as pessoas associarem meditação com religião. Apesar de ser utilizada em alguns contextos religiosos, na Educação Emocional ela não é utilizada com conotação religiosa. Consideramos a meditação um exercício de harmonização das diversas dimensões que constitui o ser humano: física, energética, emocional, cognitiva, intuicional, espiritual, social e cósmica.

O processo meditativo permite que o indivíduo esteja focado em um único objeto, em uma única coisa, afastando-se de qualquer perturbação. A mente se acalma, permitindo o relaxamento e também o desenvolvimento da capacidade de concentração.

É importante destacar que meditar não traz os mesmos efeitos do sono profundo. O sono profundo é um estado de inconsciência que permite o descanso; já na meditação ocorre um estado de consciência elevado que produz o relaxamento e a capacidade de ter um foco.

Existem vários tipos de meditação e, a rigor, não existe um estilo que seja melhor ou superior a outro. Tudo está na dependência dos objetivos a serem alcançados. No entanto, podemos dizer, em termos gerais, que o processo meditativo envolve cinco pontos: relaxamento; imobilidade; interiorização; consciência; e foco.

O convite portanto é este: conhecer as diversas técnicas meditativas existentes; escolher aquela que melhor corresponda a sua própria índole; dedicar-se a ela, organizando-se com a sua disponibilidade de tempo, esforço necessário, ambiente e contexto, dando-lhe um voto de confiança e não esperando resultados imediatíssimos; prosseguir pacientemente, colhendo seus benefícios, ainda que pareçam poucos, e ter certo de que outros mais virão com o tempo e persistência.